O Banco Central (BC) concedeu nesta terça-feira (30) autorizações de funcionamento que permitem a realização de transferências bancárias pelo WhatsApp. A empresa Facebook Pagamentos do Brasil foi aprovada como um “iniciador de pagamentos”.
Também foram concedidas à Visa e à Mastercard autorizações para dois “arranjos de pagamento” abertos, como transferência, depósito, pré-pago e doméstico. O WhatsApp também fará parte do arranjo, que tornará possíveis as transferências pelo aplicativo de mensagens.
De acordo com o modelo autorizado pelo Banco Central, o WhatsApp apenas iniciará as transações entre contas dos clientes nas instituições financeiras em que são correntistas. Para isso, a credencial a ser utilizada no aplicativo é o número do cartão de débito ou pré-pago de bandeiras Visa ou MasterCard.
Ainda, segundo o BC, as operações poderão ser feitas a partir da data em que o WhatsApp disponibilizar a funcionalidade ao cliente e a tarifa cobrada pela transação bancária será definida pelo aplicativo.
Em nota à imprensa, o Banco Central avaliou que a medida pode levar a uma redução nos custos de transações financeiras. “O BC acredita que as autorizações concedidas poderão abrir novas perspectivas de redução de custos para os usuários de serviços de pagamentos”, afirmou.
Em nota, o WhatsApp disse que recebeu “com muita satisfação a decisão de hoje do Banco Central” e que está empenhado “nos preparativos finais para disponibilizar esta funcionalidade do WhatsApp no Brasil assim que possível”.
As autorizações concedidas nesta terça (30) não incluem os pedidos da Visa e da Mastercard para funcionamento dos arranjos de compra vinculados ao programa Facebook Pay, que seguem em análise no BC.
Em evento realizado na manhã desta terça (30), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, havia afirmado que o sistema de pagamentos do WhatsApp seria aprovado em breve.
Em serviços indicados como “iniciadores de pagamentos”, o consumidor dá a ordem para que a instituição financeira em que é correntista realize o pagamento diretamente ao lojista, sem a necessidade de acessar o aplicativo, com débito em sua conta de depósito ou de pagamento. Como consequência, são eliminados intermediários, como, por exemplo, o cartão de crédito.
FONTE: Jamile Calil/G1
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