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Entenda as intervenções na avenida Jerônimo de Albuquerque

Algumas intervenções inteligentes na Avenida Jerônimo de Albuquerque poderiam tornar a via mais segura e melhorar o tráfego de veículos em sua extensão.

A afirmação é do engenheiro com especialização em tráfego Francisco Soares que, recentemente, fez um estudo sobre a avenida, considerada uma das mais movimentadas da capital maranhense.

O estudo é de responsabilidade do Observatório do Trânsito no Maranhão, um programa da Fundação Professor Odilon Soares (FOS).

Francisco Soares citou, por exemplo, o trecho compreendido entre o Elevado da Cohama e o Elevado da Cohab (conjunto de túnel e elevado).

“Nesse perímetro, a situação está fácil de resolver. Basta ampliar a via, preparando sua infraestrutura para que receba mais faixas exclusivas de ônibus. O ideal é que a avenida receba, pelo menos, mais uma faixa, o que resolveria o problema”, exemplifica o engenheiro.

De acordo com Francisco Soares, a Agência Estadual Metropolitana, órgão ligado ao Governo do Estado, já está realizando adequações na avenida, em quatro etapas.

Ele elogiou os trabalhos e a iniciativa. No entanto, chamou a atenção para um detalhe: que o projeto prevê a retirada da rotatória da Cohab, na última etapa, para dar lugar a um cruzamento semaforizado.

Ele afirma, nesse caso, o ideal seria intervir na Avenida São Luís Rei de França e na Avenida São Sebastião, ambas prejudicadas pela largura de suas caixas, que são estreitas e não são suficientes.

“A solução não é semaforizar ali na rotatória, mas garantir mais faixas para escoamento, sendo três em direção à Avenida São Sebastião e três, em cada sentido, na São Luís Rei de França. Pode-se realocar o canteiro central e acrescentar as faixas. O pedestre passará por uma passarela suspensa de 5km e meio, de ponta a ponta, em pilares. Além de mais seguro, para evitar atropelamento, pode-se ter uma cobertura em acrílico, para casos de chuva. Na Avenida São Sebastião, nós tentaremos alargar em alguns pontos com estreitamento da faixa, que poderiam ter dois metros e meio, sendo três de cada lado. O estreitamente diminui a velocidade, mas, em compensação, aumenta a segurança”, detalha.

O engenheiro cita, também, os engarrafamentos já existentes no Elevado da Cohama e proximidades, onde há quatro faixas de rolamento (trechos delimitados por pintura).

“O problema é que, quase em frente ao posto, em frente ao campus da Universidade Ceuma, as faixas são reduzidas para duas, o que resulta em ainda mais congestionamentos, principalmente em horários de pico, uma vez que todos nós sabemos que esse tipo de redução no trânsito das grandes cidades é fatal. Isso precisa ser superado e nesse ponto de estrangulamento está sendo feito o alargamento da caixa, inclusive com recuos de muros, para se colocar, pelo menos, três faixas”, disse.

Ele disse que a avenida está passando por muitos transtornos, mas que são necessários para as alterações.

“É preciso que as autoridades de trânsito, no entanto, redobrem as orientações, pois o transtorno é inerente, mas as autoridades podem amenizar. É bom ressaltar que as intervenções são feitas pela Agência Estadual Metropolitana e, também, pela Prefeitura. Em frente ao Hospital São Domingos, por exemplo, quase tudo foi feito pela Prefeitura de São Luís (a exemplo do alargamento da caixa e remodelação do retorno), a partir do programa de compensação de polo gerador de tráfego, que é uma lei municipal. O que sinto falta é da participação privada”, finalizou.

Agência Executiva Metropolitana (Agem) esclareceu que a intervenção na Avenida Jerônimo de Albuquerque abrange um conjunto de serviços em diferentes trechos. Dois deles localizados entre a rotatória da Cohab ao Condomínio Ipem-Angelim já foram entregues.

No momento, no trecho localizado entre o Condomínio Ipem-Angelim e as proximidades do Supermercado Atacadão, está sendo finalizado o serviço de drenagem profunda para início do serviço de terraplanagem e realocação de postes ainda neste final de semana.

Após a conclusão dessa etapa, o complexo de intervenções na via será finalizado com a etapa de substituição da Rotatória da Cohab por um sistema de alças para dar mais fluidez ao trânsito congestionado na região.

Matéria Jornal O Estado

rodrigooliveira.gs@gmail.com

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