Pelo menos 15 deputados e senadores aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fizeram indicações de emendas para estados diferentes daqueles pelos quais foram eleitos.

Tudo isso financiado com o dinheiro do Ministério do Desenvolvimento Regional que o governo usou para agradar a aliados – no que ficou conhecido como ‘Tratoraço’, já que a maioria da verba foi utilizada para a compra de tratores.

Ao todo, esses parlamentares indicaram o destino de R$ 181 milhões para regiões aleatórias, onde não estão suas bases.

Dois deles são do Maranhão, segundo reportagem de O Estado de S. Paulo: Gil Cutrim (Republicanos) e Juscelino Filho (DEM).

Os deputados negam, mas o levantamento aponta que eles arranjaram R$ 2 milhões, cada, para a Codevasf atuar na Bahia.

Na planilha secreta do governo, o líder do Podemos na Câmara, Léo Moraes, de Rondônia, consta como o autor da indicação de R$ 5 milhões para obras em Capinzal do Norte e Bacuri, municípios localizados no Maranhão, a uma distância de mais de 2.000 quilômetros de Porto Velho.

Foi indicação de algum parlamentar da minha bancada para o Maranhão. Não passa pela minha escolha de líder, não tem meu nome em ofício encaminhado para o ministério ou para qualquer prefeitura do Estado”, afirmou Léo Moraes.

Sobre a matéria do Estadão, o deputado Gil Cutrim emitiu nota negando que tenha enviado recursos para a Bahia.

Causou-me estranheza a matéria totalmente tendenciosa que supõe que destinei recursos ao estado da Bahia, vistos em uma suposta tabela que ninguém nunca viu. Reafirmo que nunca destinei nenhum recurso que não seja para o Maranhão, o que pode ser comprovado nos portais da transparência da Câmara Federal e do Governo Federal”, diz a nota do parlamentar.

Redação O Estado de São Paulo

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