O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizou que, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) não restitua os direitos políticos para que ele concorra à Presidência em 2022, defenderá que o Partido dos Trabalhadores escolha Fernando Haddad como candidato.

A informação é da jornalista Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.

Segundo ela, os dois pretendem retomar em breve viagens pelo Brasil, indo a alguns lugares juntos e fazendo também roteiros separados. Ainda em fevereiro, Haddad deve ir a Minas Gerais.

A sinalização encerra as dúvidas sobre quem Lula apoiaria caso de não possa se candidatar .

E também põe fim a um sonho do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB): ser ungido candidato de uma ampla frente de esquerda.

Em novembro do ano passado, após votar em São Bernardo do Campo, Lula até chegou a citar o nome do governador maranhense entre os presidenciáveis Mas, pelo visto, a conversa não andou desde então, tanto que Dino já admite disputar o Senado, ou mesmo uma vaga na Câmara.

“Quando chegar 2022, o PT tem muitos candidatos. É normal que Ciro queira ser presidente da República, é normal que o [governador do Maranhão] Flávio Dino queira ser, é normal que a Globo esteja procurando o [apresentador Luciano] Huck tentando juntar ele com o [ex-ministro Sergio] Moro. Tudo isso é normal”, disse.

A decisão final sobre os direitos políticos de Lula será do STF, que deve julgar, neste semestre, se o processo contra ele no caso do tríplex foi conduzido de forma parcial pelo ex-juiz Sergio Moro —e portanto deve ser anulado.