O Governo do Maranhão informou nesta terça-feira, 29, que também não realizará festa oficial de Réveillon em São Luís na virada deste ano para o próximo.

A decisão foi confirmada pelo secretário de Estado da Cultura, Anderson Lindoso, em contato com o Imirante, após anúncio de cancelamento da festa pelo prefeito da capital, Eduardo Braide (Podemos).

“Ainda não vemos condições sanitárias de realização de um evento para 60 mil, 70 mil pessoas, como sempre ocorre na Litorânea’’, afirmou.

Apesar da decisão tomada na capital, nos demais municípios do estado ficará a cargo de cada prefeito decidir sobre festas e shows da virada. Quanto aos eventos privados todos permanecem autorizados, tendo esses que seguir os protocolos sanitários, podendo ainda esses serem acrescentados mediante conversa com órgãos públicos.

Em São Luís a secretaria de saúde informou que mais de 750 mil pessoas já tomaram as duas doses da vacina, com uma taxa de 90% de cobertura vacinal, sendo uma das maiores do Brasil (atualizado no dia 27/11).

Até o momento, nenhum caso suspeito da ômicron foi identificado no Maranhão. Os cientistas garantem que quem está vacinado com as duas doses (AstraZêneca ou Pfizer) das vacinas contra Covid tem baixíssima chance de apresentar quadros graves da variante.

Vale destacar que a médica sul-africana que primeiro identificou a nova variante ômicron do coronavírus, Angelique Coetzee, diz que os pacientes infectados até o momento mostram “sintomas extremamente leves” — mas mais tempo ainda é necessário para avaliar o efeito em pessoas vulneráveis.

Questionada se os países em que a variante foi identificada estão em pânico desnecessariamente, Coetzee diz que, nesse momento, avalia que sim. “Os casos já devem estar circulando nos países sem serem notados. Então, nesse momento, eu diria que com certeza [o pânico é desnecessário]. Em duas semanas, talvez nossa avaliação mude.”

Ao menos sete capitais cancelaram a festa de réveillon: Belo Horizonte, Salvador, Florianópolis, Fortaleza, São Luís, João Pessoa e Palmas. Em São Paulo, a flexibilização do uso de máscaras, prevista para 11 de dezembro, também está sob avaliação.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, procurou passar tranquilidade. Ele disse que a ômicron não é uma variante de “desespero” e indicou que vê o Brasil mais preparado para uma “eventual” nova onda.