Proprietários de bares e restaurantes fazem um protesto na manhã desta quarta-feira (27) na Avenida contra o aumento de restrições impostas pelo governo estadual aos estabelecimentos com a fase vermelha do Plano São Paulo. As restrições à noite e durante os finais de semana valem até, pelo menos, 7 de fevereiro.

O grupo se reuniu na Praça dos Ciclistas, na Consolação, e caminhou pela ciclovia, no canteiro central, até o Museu de Arte de São Paulo (Masp). Por volta das 10h, a faixa da direita da Avenida Paulista foi interditada para o tráfego de veículos em frente ao Masp. E, às 10h20, toda a pista no sentido Consolação estava bloqueada.

Avenida Paulista tem faixas interditadas por manifestantes durante protesto contra fechamento de bares e restaurantes — Foto: Thiago Guerreiro/TV Globo

Na fase vermelha só é permitido o funcionamento de serviços essenciais no comércio como supermercados, farmácias e postos de combustíveis. (Veja lista completa abaixo).

O funcionamento de bares e restaurantes é permitido das 6h às 20h durante a semana, quando a capital fica na fase laranja. Aos finais de semana, os estabelecimentos não podem abrir ao público e devem atender somente por delivery.

Representantes da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) reclamam das medidas e dizem que o estabelecimentos já cumprem regras para o funcionamento. Eles alegam dificuldade de manter os empregos durante a pandemia e prejuízo com o descarte de alimentos perdidos.

Em nota, o governo do estado de São Paulo disse respeita a livre manifestação, mas lamenta que se promova esse tipo de ação, contra a saúde pública, em meio à grave crise sanitária provocada pela pandemia do coronavírus.

“O Governo de São Paulo mantém canal aberto com todos os setores da economia e representantes de associações e já liberou no total R$ 720 milhões de crédito subsidiados pelo Banco do Povo, Sebrae e Desenvolve SP para auxiliar empreendedores a atravessarem a crise durante a pandemia. O Plano São Paulo é pautado por dados técnicos e científicos de monitoramento da evolução da pandemia e da capacidade do sistema hospitalar”, diz o texto.

Manifestantes na Paulista protestam contra aumento de restrições ao funcionamento de bares e restaurantes em SP — Foto: Thiago Guerreiro/TV Globo

Manifestantes na Paulista protestam contra aumento de restrições ao funcionamento de bares e restaurantes em SP — Foto: Thiago Guerreiro/TV Globo

O que pode funcionar na fase vermelha?

  • Farmácias
  • Mercados
  • Padarias
  • Açougues
  • Postos de combustíveis
  • Lavanderias
  • Meios de transporte coletivo, como ônibus, trens e metrô
  • Transportadoras, oficinas de veículos
  • Atividades religiosas
  • Hotéis, pousadas e outros serviços de hotelaria
  • Bancos
  • Pet shops
  • Serviços de delivery ou entregas.

O que pode funcionar na fase laranja?

Todos os setores de comércio e serviços passam a ser permitidos. A exceção é o atendimento presencial em bares, que continua proibido.

  • Capacidade de ocupação: 40% do público máximo de cada estabelecimento.
  • Funcionamento máximo: até 8 horas por dia.
  • Horário de fechamento: atendimento presencial somente o até 20h.
  • Parques estaduais, salões de beleza e academias: podem funcionar.

O que pode funcionar na fase amarela?

  • Todos os setores de comércio e serviços são permitidos, inclusive bares.
  • Capacidade de ocupação: 40% do público máximo de cada estabelecimento.
  • Funcionamento máximo: até 10 horas por dia.
  • Horário de fechamento: atendimento presencial somente o até 22h em todos os setores, exceto no setor de bares, que pode funcionar até as 20h.

O que pode funcionar à noite e aos finais de semana?

O governo de São Paulo determinou que todas as regiões do estado devem seguir as regras da fase vermelha da quarentena aos finais de semana, feriados e das 20h às 6h nos dias úteis.